quarta-feira, 20 de julho de 2011

Opinião Política - Teia Social e Vida Online



As redes sociais, os blogs, os programas de mensagem instantânea, os vídeos da internet e o e-learning têm adquirido cada vez mais importância no nosso dia-a-dia. Orkut, Facebook, Ficklr, Blog, LinkedIn, MSN Messenger, Skype, ICQ, My Space, Hi5, Netlog, The Efficient, Porkut, Youtube, E-learning, Redtube, Sonico, Hevys, Twitter, Livemocha, Ezlearn, Babbel, Iernu, Iknow, Soundcloud têm sido as palavras mais comuns atualmente. Nas redes sociais podemos nos retratar, fazer novas amizades, reencontrar velhos amigos, postar fotos, postar vídeos, marcar encontros, fazer negócios, agendar eventos, escrever artigos, jogar, fazer compras, mobilizar as pessoas, xeretar a vida privada dos outros, aprender novos idiomas, nos comunicar, popularizar figuras públicas e até prejudicar muita gente. Nos blogs podemos escrever textos, escrever artigos, escrever poesias e fazer críticas de forma livre e democrática. Os programas de mensagem instantânea nos permitem conversar instantaneamente com qualquer pessoa do planeta, esteja ela onde estiver e desde que receba sinal de internet, via computador, via notebook, via ipad, via smartphone e via celular. Os vídeos da internet nos permitem rever imagens, assistir vídeos, registrar momentos felizes e constrangedores e expor nossa vida pessoal. O e-learning tem permitido que muitos estudem em qualquer lugar, a qualquer hora, sem precisar freqüentar um lugar definitivo e de acordo com o ritmo de cada um, chegando em muitos casos a haver a substituição da escola tradicional e das aulas presenciais. Esses fenômenos puderam ser vistos com o poder que as redes sociais tiveram na Primavera Árabe e nos protestos inspirados nela, que conseguiram derrubar os governos do Egito e da Tunísia, que dão dor de cabeça aos governos da China, da Rússia, de Belarus, da Líbia, do Marrocos, do Bahrein, do Iêmen e que fizeram muito barulho na Espanha, Itália, Portugal, Grécia e que chegaram ao Chile. Estamos vivendo um processo de transformações e revoluções tecnológicas nunca vistas antes na história da Humanidade e que têm conseqüências incontroláveis e inimagináveis sobre as relações internacionais, as relações sociais e as relações humanas. Estamos em uma teia social e temos uma vida online.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Opinião Política - Mundo Emergente



A eleição do brasileiro José Graziano da Silva para a diretoria-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) confirma a existência de um fenômeno cada vez mais visível nas Relações Internacionais, trata-se do maior espaço que os países emergentes têm adquirido nas discussões internacionais. Com o decorrer dos anos tem-se deslocado o poder de influência da aliança do Atlântico Norte, representada por Estados Unidos, Canadá e Europa, para a aliança dos emergentes, representada principalmente pelos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e demais países emergentes nas discussões internacionais e dos processos decorrentes dele. Assim, antes a língua inglesa, a língua espanhola e a língua francesa eram consideradas os idiomas universais do planeta; hoje a língua mandarim, a língua indiana, a língua árabe e outras línguas exóticas são diferenciais no mercado. Antes as transações econômicas e comerciais se davam basicamente no Atlântico Norte; hoje o Pacífico adquire cada vez mais o protagonismo na área, com o advento do Japão, da China, da Índia e dos Tigres Asiáticos. Antes, apenas cidadãos de origem norte-americana e européia assumiam a direção de organizações internacionais; hoje podemos ver brasileiros, latino-americanos, chineses, africanos e asiáticos assumindo esses postos. Antes apenas o Ocidente num condomínio de poder decidia os rumos do planeta; hoje os países emergentes têm exigido reformas nesse sistema e maior participação, como demonstra a proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e demais organismos. Hoje vemos a disseminação de vários grupos formados por países emergentes como o G20, o G4, o G8 e o G60, que agem coordenadamente para exigir maior participação, vemos decisões favoráveis e justas aos países emergentes em diversos fóruns internacionais como a OMC (Organização Mundial do Comércio) e a participação cada vez crescente dos países emergentes nos rumos do planeta. Hoje o Brasil, a Rússia, a Índia, a China, a África do Sul e demais países como a Coréia do Sul, a Indonésia, o Vietnã e alguns países árabes puxam o crescimento econômico mundial, como verdadeiros motores desse crescimento, havendo o deslocamento dessa função, que era exercida por Estados Unidos e Europa tempos atrás, mergulhados na crise econômica, que não afetou aquelas nações emergentes, alterando com isso a correlação de forças nas Relações Internacionais. Enfim, o mundo mudou, estamos no século XXI, vivemos uma nova ordem mundial e precisamos nos adaptar ao mundo emergente.

domingo, 10 de julho de 2011

Opinião Política - Lula III



O primeiro semestre do governo de Dilma Rousseff foi marcado pelos mesmos problemas que assolam os governos do PT e que assolaram o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. A inflação voltou, fazendo com que os preços de produtos básicos disparassem. O debate sobre a necessidade das privatizações teve espaço e o governo finalmente admitiu e anunciou tardiamente que vai privatizar portos e aeroportos, vale lembrar que na campanha eleitoral o tema foi demonizado pelo PT. As negociações e a disputa de cargos entre PT e PMDB e outros aliados da base governista marcaram a escolha, a indicação e a nomeação de ministros e da equipe de governo. A queda de Antônio Palocci da Casa Civil abalou o governo, pois era o ministro mais poderoso do governo. Houve a queda do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento do PR por suspeitas de corrupção. As obras do PAC foram marcadas pelo atraso, pela inauguração de apenas pedras fundamentais e muitas obras nem saíram do papel. As obras para a Copa do Mundo de 2014 estão muito atrasadas. O TCU apontou diversas irregularidades nas obras do governo. O ministério da educação lançou uma cartilha em que defendia o erro de português e considerava preconceito recriminá-lo, admitindo e agravando ainda mais os problemas da educação. A interferência do governo em negócios privados, com a ajuda do BNDES para a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour gerou fortes polêmicas. A aprovação do regime diferenciado de contratação lançou dúvidas sobre a transparência do governo. A falta de projetos tem paralisado as ações do governo, que não apresenta um projeto de relevância para o país. A política externa míope do governo ficou evidente com a negação da extradição do terrorista italiano Cesare Battisti. A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil e de Ideli Salvatti para Relações Institucionais por parte de Dilma Rousseff buscou dar um ar de novo governo, independente de Lula. Ceder às pressões dos políticos da base aliada tem sido a regra para se conseguir apoio no Congresso. O caos aéreo continua a atrasar vôos nos aeroportos. A gastança desenfreada na campanha eleitoral e o corte de gastos anunciados no início do governo fizeram com que houvesse o endividamento do governo e muitas áreas fossem afetadas com o corte. A falta de investimentos em infra-estrutura, rodovias, portos e aeroportos continua nesse governo. Enfim, estamos no terceiro mandato de um governo que não anda, no qual não vemos as coisas acontecerem, que não tem projeto de país, mas sim projeto de poder.

Esporte - Muricy Ramalho, o Técnico Inteligente



Com a vitória do Santos sobre o Peñarol do Uruguai na Copa Libertadores da América, o técnico de futebol Muricy Ramalho mostra mais uma vez que é o melhor técnico de futebol que existe hoje no Brasil. Como se sabe, o técnico Muricy Ramalho foi o responsável pelas conquistas da Copa Conmebol de 1994 pelo São Paulo; Copa Master do Conmebol de 1996 pelo São Paulo; Copa da China de 1998 pelo Shangai Shenhua; Campeonato Pernambucano de 2001 e 2002 pelo Náutico; Campeonato Gaúcho de 2003 pelo Internacional; Campeonato Paulista de 2004 pelo São Caetano; Campeonato Gaúcho de 2005 pelo Internacional; Campeonato Brasileiro de 2006, 2007 e 2008 pelo São Paulo; Campeonato Brasileiro de 2010 pelo Fluminense; Campeonato Paulista de 2011 pelo Santos e Copa Libertadores da América de 2011 pelo Santos. Muricy Ramalho foi considerado o melhor treinador do Campeonato Brasileiro nos anos de 2005, 2006, 2007, 2008 e 2010. Em 2010, Muricy Ramalho chegou a ser convidado a assumir o comando da seleção brasileira no lugar de Dunga, logo após a Copa do Mundo, mas acabou recusando o convite da CBF. Alegou que não poderia abandonar o Fluminense no meio de um projeto desenvolvido por ele e fechado com a diretoria, uma vez que já estava tudo acertado com o Fluminense. Com sua simplicidade, sentido de comando e trabalho individual com os jogadores, influências herdadas de Telê Santana, Muricy Ramalho tornou-se o melhor treinador de futebol do Brasil. Muricy Ramalho, como treinador de futebol é um craque e não é burro não.