sábado, 22 de janeiro de 2011

Opinião Política - O Futuro dos BRICs

Deixando um pouco de lado o ativismo político, a luta pela democracia, as incertezas reinantes nos nossos dias e a retórica e a ideologia pró-capitalismo e adotando-se uma postura mais pragmática, afirmo que Brasil, Rússia, Índia e China, os chamados BRIC, serão potências internacionais do futuro. Acredito que os BRICs, junto com África do Sul, México, Indonésia, alguns países asiáticos e alguns países do mundo árabe terão papel maior no cenário internacional. Mas, para isso, terão de se adaptar a valores ocidentais, tais como a democracia, a economia de mercado, as liberdades fundamentais e o respeito aos direitos humanos. Tal como ocorreu na China, na área econômica, após a morte de Mao-tse Tung, em que Deng Xiaoping assumiu a Presidência da China e adotou inúmeras medidas de abertura econômica, como a abertura ao capital estrangeiro e a permissão para a instalação de empresas multinacionais, que fez com que o país crescesse a taxas astronômicas desde então. Assim, esses países que não têm tradição com o mercado e a democracia, terão que mudar sua postura para que despontem como potências do século XXI. Terão que seguir e se submeter aos exemplos das potências mundiais da atualidade: Estados Unidos, Europa, Japão e Israel. Assim, na China, mudanças em seu sistema econômico e político, tais como a abertura política, a liberdade de expressão, a liberdade de empreendimento, o fim do câmbio artificial, a propriedade privada e o respeito aos direitos humanos, são fundamentais para que se torne uma potência mundial e chegue perto dos Estados Unidos. Na Índia, o combate a pobreza, o fim do sistema de castas, investimentos em educação e tecnologia e o fim dos conflitos étnicos devem ser postos em prática. A Rússia deve se afastar de uma vez por todas de seu passado do socialismo, conter o ímpeto autoritário de Vladmir Putin e acabar com as máfias que estão abrigadas no governo. O Brasil precisa fazer urgentemente a reforma tributária, modernizar a sua infra-estrutura, investir em educação, romper com o sindicalismo do Partido dos Trabalhadores e de Lula e fazer um choque de gestão. Os países árabes devem se afastar do fundamentalismo islâmico, cortar ligações com o terrorismo, implementar a democracia e as liberdades fundamentais, investir em educação e se aliar a Israel e aos Estados Unidos. A África do Sul precisa combater a pobreza, se afastar da política do apartheid, investir em educação e combater a AIDS. O México e alguns países da America Latina terão de reduzir as desigualdades sociais, combater a pobreza, acabar com a criminalidade, investir em educação, combater o narcotráfico, se afastar do chavismo e do autoritarismo e acabar com grupos guerrilheiros. A Indonésia e países asiáticos precisam acabar com a pobreza, combater o terrorismo, investir em educação e romper com o autoritarismo. É justo que países emergentes tenham voz no cenário internacional e rompam o monopólio dos Estados Unidos e Canadá, Europa, Japão e Israel no mundo, mas para isso devem fazer profundas mudanças em sua cultura e seguir o Ocidente e cooperar com ele, pois o Ocidente possui as técnicas e os conhecimentos na área.