domingo, 25 de agosto de 2013

Opinião Política - O Fantasma de Chávez







Na Venezuela, o fantasma de Hugo Chávez ainda continua a assombrar a população, com a herança de crise econômica e social deixada para seu sucessor Nicolás Maduro e a continuidade por parte deste das políticas chavistas que levaram o país ao desastre. Durante seu mandato, Chávez interviu nos países vizinhos ao ser caixa de campanha de todos os candidatos presidenciais da América Latina: Cristina Kirchner na Argentina, Evo Morales na Bolívia, Daniel Ortega na Nicarágua O dinheiro venezuelano chegou a corresponder por 22% do PIB de Cuba. Chávez apoiou ditadores como Alexander Lukashenko e Bashar al Assad e governos párias, manchando a sua imagem perante o cenário internacional. No campo econômico, Chávez acabou com as já incipientes indústria e agricultura venezuelanas. Além disso, Chávez, expropriou empresas privadas e tomou 4 milhões de hectares de proprietários rurais. Chávez confiscou conjuntos residenciais de bom padrão em Caracas e distribuiu as casas para a nomenclatura chavista. Durante seu governo, a classe média encolheu de 30% para 20% da população, tratando-a como inimiga do regime A PDVSA tornou-se um instrumento político do chavismo, cuja renda foi usada para distribuir eletrodomésticos e alimentos em troca de voto e fornecer subsídios a população. Ao promover essas políticas, Chávez deixou efeitos negativos para a população. A taxa de inflação beirou os 29%, a maior taxa da América Latina. O desabastecimento tomou lugar nos mercados do país. A dependência de alimentos importados passou de 50% em 1998 para 70% em 2011. A falta de investimento fez a exploração de petróleo cair. Mas o preço do produto disparou no mercado internacional, garantindo ao governo sua fonte de recursos. A PDVSA usou esse dinheiro para importar alimentos e distribuí-los a preços subsidiados a população, mas nem essa medida se mostrou suficiente para controlar a inflação. Os indicadores sociais e econômicos foram escondidas ou continham falsificações grotescas. Ficou difícil saber a taxa de inflação ou de variação do PIB. Além disso tudo, Chávez destruiu as instituições. Aprovou uma nova Constituição que estendeu o seu mandato para seis anos e lhe permitiu governar por decreto. O poder Judiciário foi tomado, com o esvaziamento de juízes independentes das principais instâncias superiores. O fantasma de Chávez não afeta somente a Venezuela, mas toda a América Latina, uma vez que esses países elegeram presidentes alinhados com as políticas chavistas, e que agora se veem órfãos de seu maior líder e desorientados quanto a seu futuro político. O que será de Morales, Correa e Ortega, sem seu líder espiritual? Só Deus sabe!