quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Opinião Política - Israel na Direita







Nestes dias foram realizadas eleições parlamentares em Israel que deram uma vitória apertada ao primeiro-ministro de direita Benjamin Netanyahu do Likud, há sete anos no cargo (podendo superar Ben Gurion, um dos fundadores de Israel e seu primeiro governante), que vai ser obrigado a se aliar a outros partidos para formar um governo. Em seu governo, Benjamin Netanyahu buscou impedir que o Irã desenvolvesse armas nucleares, inclusive já anunciou o ataque israelense a usinas nucleares iranianas caso o Irã esteja próximo do grau de enriquecimento de urânio necessário para desenvolver a bomba atômica, que prometeu revidar e declarar guerra, fato já discutido com os Estados Unidos, seu maior aliado, de Barack Obama, o que pode desencadear uma crise regional de enormes proporções. Além disso, Benjamin Netanyahu não tem a intenção de celebrar o processo de paz com os palestinos, nem desocupar e abandonar a Margem Ocidental do território da Palestina, onde tem interesses estratégicos e históricos. Benjamin Netanyahu prossegue construindo e expandindo os assentamentos judaicos no West Bank, localizado nos territórios palestinos, o que vem impedindo qualquer negociação sobre o processo de paz entre Israel e Palestina, em conflito histórico, ao longo desses anos todos, e provocando declarações e críticas contra o país, inclusive com ameaças de imposição de sanções contra o país, por parte da comunidade internacional e até dos Estados Unidos, seu principal aliado. Vale lembrar que o Estado de Israel foi criado em 1948 no contexto de grande comoção internacional provocada pela descoberta dos horrores cometidos contra os judeus por Adolf Hitler com o Holocausto. O Estado de Israel foi criado no território da Palestina, por meio de sua divisão em dois Estados: um judeu e um árabe. Os árabes não ficaram satisfeitos e seus vizinhos atacaram seu território em várias ocasiões, em diversas guerras como a Guerra dos Seis Dias e a Guerra do Yom Kippur. Em todas elas os árabes foram derrotados por Israel, que expandiu seu território e expulsou milhares de palestinos. Em todos esses anos houve ataques palestinos como a Intifada e atentados terroristas por grupos radicais como o Hamas e o Hesbolah, ambos apoiados pelo Irã, que prega o fim do Estado de Israel, contra seu território. Em meio aos constantes ataques, Israel teve de desenvolver sua inteligência a ponto de seus serviços secretos, como o Mossad, serem os mais sofisticados do mundo e de possuir um setor de tecnologia bem desenvolvido. Israel, apesar dos conflitos, é um país desenvolvido e é a maior potência do Oriente Médio, em meio aos seus vizinhos pobres. Além disso, Israel é a única democracia da região, repleta de regimes autoritários. Os Estados Unidos são seu principal aliado, e essa aliança permitiu que Israel tivesse acesso a armas nucleares, inexistente nos demais países da região. A vitória de Benjamin Netanyahu do direitista Likud representa a continuidade do impasse histórico e que já dura mais de 60 anos entre Israel e Palestina e o risco de um conflito regional de grandes proporções com o Irã.