segunda-feira, 16 de abril de 2012

Opinião Política - Damasco Está Fervendo


O clima esquentou de vez na Síria e tudo caminha para seguir os rumos trilhados pela Líbia, que sofreu uma intervenção internacional. O presidente e ditador sírio Bashar Al Assad vem resistindo no poder e reprimindo seus opositores, inclusive com a morte de civis, que já soma pelo menos 9 mil pessoas, com envio de tanques de guerra, ataques terroristas e com o bombardeio das cidades de Homs e Aleppo, tomadas pelos que querem tirá-lo do poder. Esses ataques tem gerado uma onda massiva de refugiados sírios que cruzam a fronteira para se abrigar na Turquia, fato que começa a perturbar o governo turco. Os apelos e as tentativas de negociação e mediação do conflito da Comunidade Internacional, inclusive com a participação do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para que governo e oposição na Síria firmem acordos de cessar-fogo falham ou surtem poucos efeitos. As sanções impostas ao regime de Bashar Al Assad por conta da repressão aos oposicionistas pela Comunidade Internacional não foram suficientes para dissuadi-lo da violência. Alguns países árabes tem fornecido armas aos rebeldes sírios. A Liga Árabe já ordenou a Síria o fim da repressão e da violência contra os rebeldes sírios e lhe impôs sanções. O Irã se calou por enquanto. No Conselho de Segurança da ONU segue impasse entre as potências com assento permanente no órgão e, portanto, com direito a veto, quanto ao endurecimento da ONU e a adoção de novas sanções contra o regime de Bashar Al Assad, em que Estados Unidos, Grã-Bretanha e França as defendem porque o regime de Damasco tem violado sistematicamente os direitos humanos na repressão aos rebeldes sírios, enquanto a China e a Rússia defendem apenas o diálogo com Damasco. Vale lembrar que China e Rússia são aliados da Síria e mantém interesses econômicos e militares com o país. A cada dia vem ganhando força a idéia de se realizar uma intervenção internacional para proteger os rebeldes sírios de Bashar Al Assad. Esse filme já vimos com a Líbia e assim como Trípoli, Damasco está fervendo.

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