segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Opinião Política - Congresso Chinês







Nestes dias, a China, a segunda maior economia do mundo depois dos Estados Unidos, escolhe o seu novo presidente no seu Congresso do Partido Comunista. Trata-se de uma escolha que ocorre a cada dez anos, ocorrida a portas fechadas e de forma não democrática e que deve confirmar o nome de Xi Jinping como presidente, que deve assumir o poder em março. Xi Jinping representa a quarta geração da liderança chinesa após a morte de Mao Tsé-Tung, sucedido respectivamente por Deng Xiaoping, Jiang Zemin e Hu Jintao. Além de definir seus líderes, o Congresso do Partido Comunista serve para discutir o futuro da China, que enfrenta muitos desafios. Por conta da crise econômica de 2008, a China enfrenta a redução de seu ritmo de crescimento econômico, que passou dos 10% anuais na década anterior para uma média de 7,5%, obrigando o país a promover um pacote de estímulo em vez de reformas estruturais. O modelo econômico que tirou 500 milhões de pessoas da pobreza precisa de reformas para continuar crescendo e gerando empregos. As companhias estatais que dominam muitos setores precisam ser abertas para a livre concorrência. O governo precisa dar mais apoio a pequenas e médias empresas.  Combater a corrupção endêmica do governo se torna um objetivo fundamental.  A diferença de renda entre regiões urbanas e rurais aumentou 69% desde 1985, a pobreza prevalece e 480 milhões da população chinesa vive sem acesso a sistema de esgoto e 120 milhões sem água potável. Temendo agitação social, o governo tem implementado programas de erradicação da pobreza. A China é o maior emissor de gases causadores do efeito estufa, com 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo, cujo número de carros nas ruas quadruplicou desde 2003 e tudo indica que vai depender do carvão como principal fonte de energia, apesar de ter dobrado anualmente a capacidade de geração de energia eólica desde 2005. Na China, mais de 6 milhões de pessoas se formam em universidades chinesas a cada ano, aumento de seis vezes em relação aos números de 1998, substituindo a demanda por uma economia que crie apenas trabalho e riqueza, pela demanda de serviços melhores e mais liberdade. Hoje, na China, 500 milhões de pessoas usam internet, o que vem ajudando ativistas a organizar protestos contra o governo, apesar do controle governamental.  Mao Tsé-Tung foi o grande líder da Revolução Comunista na China e implementou a Revolução Cultural que arruinou sua economia e gerou fome. A morte de Mao Tsé-Tung permitiu a Deng Xiaoping implementar reformas econômicas, tais como a abertura econômica ao capital estrangeiro,  que permitiram a China ter uma taxa de crescimento econômico de 10% e se tornar a segunda maior economia do mundo. Agora é a vez de Xi Jinping.







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