Analisando as Relações Internacionais, afirmo neste blog que ditadura e terrorismo estão intimamente ligados. Essa ligação existe tanto nas ditaduras que claramente defendem o terrorismo e são Estados párias quanto naquelas que agradam aos Estados Unidos e o Ocidente. Tomemos como exemplo o Irã para ilustrar o primeiro caso. O Irã de Mahmoud Ahmajinejad é uma ditadura, é um Estado pária e apóia politicamente e financeiramente o Hamas e o Hesbolah, grupos terroristas que defendem o fim de Israel. A Síria é uma ditadura, é um Estado pária e apóia esses mesmos grupos terroristas. A Venezuela é uma ditadura, é um Estado pária e apóia as FARC. A Líbia de Muamar Kadafi ilustra o segundo caso, no qual a Líbia é uma ditadura, mas até antes da atual crise, cooperava com os Estados Unidos e o Ocidente na Guerra ao Terror. No início da crise, Muamar Kadafi acusou a Al Qaeda de promover protestos pedindo a sua renúncia. Uma vez, no entanto, que se viu acuado nesta crise, sem o apoio dos Estados Unidos e o Ocidente, e sob intervenção internacional, Muamar Kadafi ameaçou se aliar a Al Qaeda. O Iraque na época de Saddam Hussein recebeu apoio dos Estados Unidos e do Ocidente em sua guerra contra o Irã, mas diante da Guerra do Golfo e da Tempestade no Deserto cometeu terrorismo no Kuwait ao queimar poços de petróleo e contra Israel ao lançar mísseis contra o país. Na Segunda Guerra Mundial, no início os Estados Unidos e o Ocidente toleraram a Alemanha e Adolf Hitler, até que o quadro se alterou.Vale lembrar que foram os Estados Unidos que armaram e treinaram o Talibã, a Al Qaeda e Osama Bin Laden quando da invasão soviética do Afeganistão. O Paquistão vive uma situação embaraçosa uma vez que combate o terrorismo e ao mesmo tempo seu serviço de inteligência tem membros do Talibã infiltrados, havendo um jogo duplo. Assim, um regime sanguinário e brutal pode cooperar com os interesses dos países democráticos, mas quando se vêem acuados e sem o apoio delas, a primeira coisa que faz é se aliar ao terrorismo, vindo daí sua ligação. O mesmo vale para a Arábia Saudita, o Iêmen, o Bahrein, a Jordânia, o Marrocos, a Argélia, Omã e demais ditaduras clientes dos Estados Unidos.