O técnico do São Paulo, Emerson Leão
não é mais o mesmo. Conhecido por seu estilo linha-dura pelos jogadores de todo
time por onde passou, arrogante pela imprensa e truculento por pessoas com quem
discutiu, Emerson Leão agora é todo zen, cheio de paz e amor, todo brincalhão e
com sorriso largo no rosto. Desde que assumiu o comando do São Paulo, Emerson Leão
tem se mostrado amigável com os jogadores, dando apoio, comandando-os, fazendo
cobranças, orientando-os, treinando-os, fazendo brincadeiras e piadinhas, como
um verdadeiro treinador, simpático com a mídia, com bom humor e até faz
piadinhas, não lembrando nem um pouco o Leão de sempre. Vale lembrar que no
passado Emerson Leão brigava feio com os jogadores, gritando com eles, inclusive
chegou-se a falar que os jogadores costumavam fazer corpo mole e até complô para
provocar a saída do treinador, tal a cobrança em cima dos atletas, vetava
craques famosos bons de bola como forma de impor respeito e autoridade nos
clubes, para mostrar que era ele quem mandava no pedaço, reclamava do juiz
chegando a ser expulso por diversas vezes do campo, queria ensinar o juiz a
apitar, xingava comentaristas de futebol, brigando ao vivo com eles nos
programas esportivos, como se eles fossem burros, num show de baixaria, não tinha
uma boa relação com a mídia e a imprensa, chegando ao ponto de empurrar repórteres,
ser grosseiro e ser processado por eles, fazendo declarações polêmicas nas
coletivas de imprensa, só para aparecer, brigando com os dirigentes dos clubes
e perdendo o espírito esportivo e partindo para a ignorância. Emerson Leão
exagerava e abusava de sua autoridade e comando, coisas imprencindíveis para pôr
ordem na casa, recuperar os times, dirimir intrigas entre os jogadores e fazer
o clube ser vencedor, perdendo o respeito. Emerson Leão era sinal de encrenca,
barraco, autoritarismo, linha dura, briga, polêmica, confusão, grosseria,
mandonismo e dava medo. Emerson Leão era chamado de chato, arrogante, barra
pesada e uma pessoa difícil de lidar pelos jogadores O resultado disso tudo era
derrotas e pouco tempo de permanência nos clubes, passando de time para time
toda hora. Agora no São Paulo Emerson Leão mudou radicalmente de postura, ficou
zen, ficou manso, tornou-se um leãozinho e tem tudo para fazer do São Paulo um
time campeão e vencedor, com grandes chances de conquistar o titulo paulista de
2012.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Opinião Política - França Dividida
A França vive o período de eleições
presidenciais e como sempre segue polarizada e dividida, mas agora sobre o pano
de fundo da crise econômica que se abate sobre a Europa. Em seu segundo turno
disputam o atual presidente de centro-direita Nicholas Sarkozy e o socialista
de centro-esquerda François Hollande, moderados e praticamente empatados no
primeiro turno, que agora disputam os votos de Jean-Luc Mélenchon de extrema
esquerda, de Marine Le Pen de extrema direita e de François Bayrou de centro. O
presidente Nicolas Sarkozy, que tenta a reeleição, defende a austeridade fiscal
como forma de conter a crise que assola a Europa com crescimento econômico e o
controle e imposição de restrições a imigração, bandeiras típicas de centro-direita.
O socialista François Hollande defende o crescimento econômico para reverter a
crise com austeridade, provoca rumores nos mercados internacionais e é a favor
de uma certa integração dos imigrantes a sociedade francesa, políticas comuns
de centro-esquerda. No primeiro turno, os extremistas Jean-Luc Mélenchon de
esquerda defendia voltar a nacionalizar as empresas, aumentar o salário mínimo e
adotar políticas que passam longe da austeridade e a direitista Marine Le Pen era
contrária a políticas de austeridade, era contra o euro, defendia a volta do
franco e tinha posições xenófobas contra os imigrantes. Já o centrista François
Bayrou se equilibrava entre eles. Como se sabe a França segue estagnada, com
elevado índice de desemprego, baixo crescimento econômico e com seu presidente
Nicholas Sarkozy junto com a primeira-ministra alemã Angela Merkel coordenando
esforços conjuntos para salvar a União Europeia da crise econômica por meio de
um pacto fiscal entre seus membros estabelecendo o déficit zero. A França ainda
não foi afetada pela crise que derrubou os governos de Irlanda, Portugal,
Espanha, Grécia, Itália, Holanda, mas corre-se o risco de ser a bola da vez,
assim como o Reino Unido e a Alemanha. A França sempre foi considerada o lugar
onde o cenário político sempre foi polarizado e dividido entre esquerda e
direita, principalmente na Revolução Francesa, passando pelas épocas de Napoleão
Bonaparte, Charles de Gaulle, Miterrand e Jacques Chirac e hoje continua do
mesmo jeito, mas agora sob o pano de fundo da crise econômica da União Européia,
a maior crise do bloco desde a sua criação.
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