A França vive o período de eleições
presidenciais e como sempre segue polarizada e dividida, mas agora sobre o pano
de fundo da crise econômica que se abate sobre a Europa. Em seu segundo turno
disputam o atual presidente de centro-direita Nicholas Sarkozy e o socialista
de centro-esquerda François Hollande, moderados e praticamente empatados no
primeiro turno, que agora disputam os votos de Jean-Luc Mélenchon de extrema
esquerda, de Marine Le Pen de extrema direita e de François Bayrou de centro. O
presidente Nicolas Sarkozy, que tenta a reeleição, defende a austeridade fiscal
como forma de conter a crise que assola a Europa com crescimento econômico e o
controle e imposição de restrições a imigração, bandeiras típicas de centro-direita.
O socialista François Hollande defende o crescimento econômico para reverter a
crise com austeridade, provoca rumores nos mercados internacionais e é a favor
de uma certa integração dos imigrantes a sociedade francesa, políticas comuns
de centro-esquerda. No primeiro turno, os extremistas Jean-Luc Mélenchon de
esquerda defendia voltar a nacionalizar as empresas, aumentar o salário mínimo e
adotar políticas que passam longe da austeridade e a direitista Marine Le Pen era
contrária a políticas de austeridade, era contra o euro, defendia a volta do
franco e tinha posições xenófobas contra os imigrantes. Já o centrista François
Bayrou se equilibrava entre eles. Como se sabe a França segue estagnada, com
elevado índice de desemprego, baixo crescimento econômico e com seu presidente
Nicholas Sarkozy junto com a primeira-ministra alemã Angela Merkel coordenando
esforços conjuntos para salvar a União Europeia da crise econômica por meio de
um pacto fiscal entre seus membros estabelecendo o déficit zero. A França ainda
não foi afetada pela crise que derrubou os governos de Irlanda, Portugal,
Espanha, Grécia, Itália, Holanda, mas corre-se o risco de ser a bola da vez,
assim como o Reino Unido e a Alemanha. A França sempre foi considerada o lugar
onde o cenário político sempre foi polarizado e dividido entre esquerda e
direita, principalmente na Revolução Francesa, passando pelas épocas de Napoleão
Bonaparte, Charles de Gaulle, Miterrand e Jacques Chirac e hoje continua do
mesmo jeito, mas agora sob o pano de fundo da crise econômica da União Européia,
a maior crise do bloco desde a sua criação.
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