Ao assistirmos o horário político nos deparamos com uma sopa de letrinhas que envolve as seguintes siglas: PMN, PSC, PHS, PTC, PSDC, PSL, PRP, PTN, PCO, PT do B e PRTB. Trata-se dos partidos políticos nanicos e que só existem porque o sistema político brasileiro comporta cerca de trinta partidos políticos, uma verdadeira aberração, uma vez que nos Estados Unidos existem apenas dois partidos políticos, o Democrata e o Republicano. Trata-se de partidos políticos que não tem expressão nacional, tem reduzida ou nenhuma representação no legislativo, tem pouquíssimo espaço na propaganda política, são partidos de aluguel, usados como instrumento dos partidos políticos grandes para atacar adversários, como sigla para políticos conhecidos e personalistas, como cabide de emprego, como siglas para eleger políticos por meio do coeficiente eleitoral e fazem muito sucesso no youtube e programas de humor com seus políticos bizarros. São desses partidos que saem figuras ilustres como o falecido Enéias do extinto Prona com o lema Meu nome é Enéias 56, o democrata cristão Eymael com sua inesquecível canção, Levy Fidelix e o Aerotrem, o sempre impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral PCO, o Peroba neles, o Vote com Prazer e os famosos do mundo dos artistas e do esporte como Maguila, Moacir Franco, Dinei e Vampeta. Algumas dessas siglas cresceram recentemente, elegendo inclusive o governador do Amazonas Osmar Aziz do PMN. Muitos deles são utilizados como sigla base para aqueles políticos conhecidos e personalistas que foram rejeitados em seu partido de origem ou o abandonou para se lançarem candidatos a presidente, governador ou prefeito. Todos eles, com exceção do PCO de extrema esquerda, são partidos de centro e fisiológicos, em busca somente da cargos, tais como PMDB, PTB, PP, PR e PRB, mas de baixa estatura e poucos recursos, se afastando do terrorismo do PSOL e do PSTU, do esquerdismo pragmático do Partido Verde e da disputa entre PT e PSDB, representados pelos blocos PT, PSB, PDT e PC do B de esquerda e PSDB, DEM e PPS de direita. Durante os debates essas siglas apenas ocupam espaço na televisão, sem nada construtivo. Seus políticos bizarros nos proporcionam humor no chato e monótono horário político, viram fenômenos no youtube e redes sociais, fazem sucesso em programas de humor como o Pânico e nos faz dar muita risada. Ainda bem que pelo menos temos alguma coisa para rir e nos divertir na política.