Aos poucos vão aparecendo as diferenças de personalidade entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. A começar pela educação. Dilma Rousseff tem mestrado em economia e fala inglês; Lula só tinha o ensino fundamental e não falava inglês. Dilma Rousseff tem estilo discreto; Lula era mais afeito a propaganda, euforia e sob certos aspectos ao ufanismo. No programa Mais Você de Ana Maria Braga, Dilma Rousseff disse que ler um livro era sua paixão de vida e devia a sua vida aos livros; quando Lula foi eleito, afirmara que não lia porque dava sono. No aniversário de 90 anos da Folha de São Paulo, Dilma Rousseff fez um discurso defendendo a liberdade de imprensa; durante as eleições de 2010 e todo o seu mandato, Lula atacava a imprensa e queria controlá-la. Dilma Rousseff adotou uma postura independente em relação as centrais sindicais durante as discussões sobre o valor do novo salário mínimo; a gestão de Lula era marcada pela relação muito próxima com sindicalistas e sem-terra. Na política externa, Dilma Rousseff aos poucos vai se afastando de países como o Irã e se aproximando dos Estados Unidos; no último ano de mandato, Lula apoiava os países párias e se afastava cada vez mais dos Estados Unidos. A primeira medida de governo da presidenta Dilma Rousseff foi o anúncio do corte nos gastos; Lula recebia inúmeras críticas da oposição devido a gastança excessiva do governo. A julgar pelos fatos até aqui citados, podemos constatar a existência de duas notícias: uma boa e uma ruim. A ruim está relacionada a herança maldita deixada por Lula para a sua sucessora e a tudo aquilo que aconteceu em seu governo e que por enquanto não vieram a tona, podendo surgir aos poucos escândalos de grande magnetude nunca noticiadas e confirmadas na imprensa. Fatos graves de grau elevado além daquilo que revelam os escândalos mensalão, dólar na cueca, aloprados, dossiê, cartão corporativo, elo FARC, caso Celso Daniel, o assassinato do Toninho do PT, quebra de sigilo, Waldomiro Diniz, Bancoop, elo PCC, ligação Hugo Chávez, violação de conta bancária e Erenicegate. A boa noticia consiste no fato de a presidenta Dilma Roussef adotar políticas totalmente diferentes daquelas praticadas por Luis Inácio Lula da Silva durante seus oito anos de mandato e esse fato representar a chegada de um novo dia de um novo tempo que começou.
domingo, 6 de março de 2011
Opinião Política - PDB no Carnaval
Se se confirmarem os boatos, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab pode embaralhar todo o já confuso sistema político brasileiro. A criação do PDB, a sua migração e de seus aliados ao futuro partido político, o conseqüente fim do DEM, o enfraquecimento da oposição, as incertezas que a mudança vão provocar no PSDB, a mudança para a base governista, a alteração do espectro político de governadores e senadores e a fusão com o PSB prometem confundir profundamente a cabeça do eleitor, aumentando o seu desinteresse e a apatia pela Política e pelos políticos. Ora, um sistema composto por 27 partidos políticos, marcado pela falta de um alinhamento ideológico coerente, em que não existe a diferença entre Esquerda e Direita, onde o fisiologismo prevalece, onde ninguém defende políticas ditas de direita e que ajudam os empresários do Brasil, no qual praticamente não existe oposição e no qual os políticos da oposição nunca entram em acordo já não gera o interesse político da sociedade, revelando que apenas para os políticos que a política serve. O fato de o conservador Gilberto Kassab, o empresário Guilherme Afif Domingos e a ruralista Kátia Abreu se tornarem socialistas de repente não vai cair bem para ninguém: nem para seus eleitores, nem para os respectivos partidários políticos, nem para a população e nem para a democracia brasileira. Essa movimentação sucita inúmeros questionamentos: qual o futuro da oposição?; o que vai fazer o PSDB? O PSDB vai fazer oposição sozinho?; O PSDB vai se fundir com o DEM?; onde se encontra Marina Silva e seu Partido Verde?; a oposição vai morrer?; como fica a cidade de São Paulo e o estado de São Paulo (afinal de contas Gilberto Kassab é prefeito de São Paulo e Guilherme Afif Domingos é vice-governador do estado de São Paulo)?; a fazendeira Kátia Abreu virou sem-terra e amiga do MST? Lula acertou ao defender que o DEM fosse extirpado do sistema político brasileiro?. A eleição de Tiririca como o deputado federal mais votado do pais, a briga de marido e mulher entre José Serra e Aécio Neves, a desunião do PSDB, a eleição de Romário e Popó, a continuidade do petismo e lulismo (espero que não no governo Dilma Roussef), o sumiço de Marina Silva e de seu Partido Verde e a criação do PDB para se fundir com o PSB levando Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos e Kátia Abreu tendem a consolidar o Carnaval em que se transformou o sistema político brasileiro.
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