O governo Dilma Roussef foi afetado recentemente pelo Fisiologismo, que provocou escândalos de corrupção e diminuiu a aprovação da presidenta Dilma Roussef. O Ministério dos Transportes, o Ministério da Agricultura, o Ministério das Cidades e o Ministério do Turismo foram tomados por escândalos de corrupção e pelo loteamento político. Segundo denúncias, eles e outros cargos do Governo Federal viraram cabide de emprego, instrumentos de loteamento político e moeda de troca para conquistar apoio do PMDB, do PTB, do PP, do PR, do PRB e do PSC, partidos compostos por políticos tradicionais e conservadores que deram apoio ao governo Fernando Henrique Cardoso e depois decidiram apoiar os governos Lula e Dilma Roussef do PT, numa aliança inédita com a Esquerda composta por PT, PSB, PDT e PC do B, que tanto lhes fizeram críticas. Assim, os cargos do Governo Federal foram tomados por José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, Wagner Rossi, Pedro Novais, Jáder Barbalho, Fernando Collor, Epitácio Cafeteira, Alfredo Nascimento, Valdemar Costa Neto, Mário Negroponte, Paulo Maluf, Severino Cavalcanti, Joaquim Roriz e seus compadres. A mesma turma envolvida no Mensalão, nos Sanguessugas, nos Anões do Orçamento, na Sudam. Eles se utilizam de mensalão, pedágio, emendas parlamentares, caixa 2, superfaturamento, nomeações políticas, fraudes em licitações, empresas fantasmas, laranjas e demais práticas de irregularidades que o brasileiro já está cansado de ver no noticiário. Mas, o que fazer com o Fisiologismo, uma vez que todo governo precisa ter uma base de apoio?
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Opinião Política - A Primavera Inglesa
Nos dias recentes, a Grã-Bretanha do primeiro-ministro conservador David Cameron tem vivido uma situação caótica, conturbada e problemática. As ruas de várias cidades da Grã-Bretanha (Londres, Liverpool, Birmingham, Manchester e Tottenham) foram tomadas por jovens baderneiros que começaram a quebrar tudo o que viam pela frente. Casas foram destruídas, carros foram incendiados, lojas foram saqueadas, lugares públicos foram depredados, cenas de violência foram vistas, sem motivo. A polícia inglesa, a Scotland Yard, foi acionada, reprimindo com força a baderna, levando a prisão 1.554 jovens, número que pode chegar a 3 mil jovens. Diferentemente das manifestações de 1968 em que os jovens protestavam pedindo uma ordem mundial mais justa, paz, o fim da exploração do homem e mudanças culturais, os jovens ingleses não tinham nenhuma reivindicação aparente, nenhum propósito e nenhum ideal, trata-se de puro vandalismo e pura violência gratuita. A onda de violência começou depois de um protesto pela morte de Mark Duggan de 29 anos, morto por policiais em Londres, depois de ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. Os autores dessa baderna são jovens pobres, desempregados, desocupados, baderneiros, vândalos, todos sem nenhuma causa aparente. Desemprego, frustração e falta de ocupação estão por trás da violência. Pode-se esperar assim uma guinada conservadora na sociedade britânica com sérias conseqüências sociais.
Opinião Política - A Bolsa Estourou
Recentemente o mundo se deparou com a queda das bolsas de valores de diversos lugares do mundo. As Bolsas de Tóquio, Xangai, Hong Kong, Seul, Nova Déli, Sidney, Paris, Londres, Frankfurt, Roma, Madri, Nova York, Bovespa, Nikkey, Dow Jones, Nasdaq tiveram enormes quedas. A nota de classificação de risco dos Estados Unidos, pela primeira vez na história, foi rebaixada de AAA para AA+ pela agência Standard Poors, diminuindo o crédito da economia norte-americana, em decorrência do impasse entre Republicanos e Democratas diante da votação no Congresso sobre a elevação do teto da dívida norte-americana, atingindo em cheio a popularidade do presidente Barack Obama. Quem investiu na Bolsa de Valores nesses dias teve enormes perdas, sendo por isso recomendado cautela. A crise ameaça atingir a Espanha e a Itália, tanto é que o governo espanhol decidiu antecipar suas eleições e o governo italiano anunciou um pacote rigoroso de austeridade fiscal para conter o déficit público, que inclui demissões em massa, congelamento dos salários, aumento de impostos, fusões de cidades para reduzir custos administrativos, cortes dos serviços básicos e redução de custos. Tudo isso corresponde a uma segunda fase da crise econômica iniciada em 2008. A situação econômica havia se tornado rentável para os especuladores, que aumentaram em muito suas atividades financeiras, agindo livremente, gerando uma bolha especulativa. Ao se subirem os juros, muitos não puderam arcar com seus custos, levando muitas instituições financeiras a quebrarem, estourando a bolha especulativa e dando origem a crise de 2008. Como forma de salvar e controlar as instituições financeiras e manter a economia funcionando, os governos injetaram enormes somas de recursos na economia e nas instituições financeiras, aumentando o déficit público. O resultado disso foi o endividamento e risco de calote dos governos, provocando a crise atual. Assim, para salvar a economia mundial, o FMI e a União Européia emprestaram dinheiro para Grécia, Irlanda e Portugal que ameaçavam ir a bancarrota e exigiram em contrapartida medidas rigorosas de austeridade fiscal como as privatizações, as demissões em massa, o aumento de impostos, a contenção dos gastos, o corte de serviços básicos e o congelamento dos salários. Nos Estados Unidos, no governo de George W. Bush, houve a elevação dos gastos com a guerra do Afeganistão, a guerra do Iraque e a guerra ao terror e a liberação das atividades especulativas e, no governo de Barack Obama, houve a elevação dos gastos para salvar as instituições financeiras quebradas e para estimular a economia, elevando a sua dívida. Eis o quadro em que nos encontramos hoje.
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