Se se confirmarem os boatos, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab pode embaralhar todo o já confuso sistema político brasileiro. A criação do PDB, a sua migração e de seus aliados ao futuro partido político, o conseqüente fim do DEM, o enfraquecimento da oposição, as incertezas que a mudança vão provocar no PSDB, a mudança para a base governista, a alteração do espectro político de governadores e senadores e a fusão com o PSB prometem confundir profundamente a cabeça do eleitor, aumentando o seu desinteresse e a apatia pela Política e pelos políticos. Ora, um sistema composto por 27 partidos políticos, marcado pela falta de um alinhamento ideológico coerente, em que não existe a diferença entre Esquerda e Direita, onde o fisiologismo prevalece, onde ninguém defende políticas ditas de direita e que ajudam os empresários do Brasil, no qual praticamente não existe oposição e no qual os políticos da oposição nunca entram em acordo já não gera o interesse político da sociedade, revelando que apenas para os políticos que a política serve. O fato de o conservador Gilberto Kassab, o empresário Guilherme Afif Domingos e a ruralista Kátia Abreu se tornarem socialistas de repente não vai cair bem para ninguém: nem para seus eleitores, nem para os respectivos partidários políticos, nem para a população e nem para a democracia brasileira. Essa movimentação sucita inúmeros questionamentos: qual o futuro da oposição?; o que vai fazer o PSDB? O PSDB vai fazer oposição sozinho?; O PSDB vai se fundir com o DEM?; onde se encontra Marina Silva e seu Partido Verde?; a oposição vai morrer?; como fica a cidade de São Paulo e o estado de São Paulo (afinal de contas Gilberto Kassab é prefeito de São Paulo e Guilherme Afif Domingos é vice-governador do estado de São Paulo)?; a fazendeira Kátia Abreu virou sem-terra e amiga do MST? Lula acertou ao defender que o DEM fosse extirpado do sistema político brasileiro?. A eleição de Tiririca como o deputado federal mais votado do pais, a briga de marido e mulher entre José Serra e Aécio Neves, a desunião do PSDB, a eleição de Romário e Popó, a continuidade do petismo e lulismo (espero que não no governo Dilma Roussef), o sumiço de Marina Silva e de seu Partido Verde e a criação do PDB para se fundir com o PSB levando Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos e Kátia Abreu tendem a consolidar o Carnaval em que se transformou o sistema político brasileiro.
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