Com o passar dos anos a vida do deficiente físico tem se tornado cada vez melhor, mas para isso a luta, a persistência, a coragem, a resistência, a busca constante de seus direitos e a força de vontade são fatores vitais e se houve avanços, há ainda muitos desafios a enfrentar. Antigamente, quando uma família tinha um filho deficiente físico, este era entregue a uma igreja ou abandonado nas ruas. Ter um filho deficiente físico era motivo de vergonha, incômodo, estorvo, aberração e maldição e muitas famílias simplesmente o rejeitava. Era comum as famílias o esconderem, pô-lo num quarto escondido ao receberem visitas em casa, trancarem-no em casa e impedi-lo de sair de casa, seja por puro preconceito ou como forma de protegê-lo. Muitos pais tinham vergonha de aparecer em público com o filho deficiente físico. Com o tempo, eles passaram a poder sair de casa, mas a dificuldade das pessoas de se relacionar, de saber o modo de tratar ou o simples preconceito para com o deficiente físico e a falta de uma infra-estrutura adaptada para essa população passaram a ser os desafios, após a aceitação da família. É comum as pessoas chamarem os deficientes físicos de ‘’Aleijados’’, discriminá-los, negar ajuda e nos lugares não haver ruas, calçadas, rampas e banheiros adaptados. Esse desafio tem sido superado aos poucos. A busca de emprego pelos deficientes físicos tem sido o desafio atual. As empresas simplesmente não os contratam alegando os custos empresariais e econômicos, o que tornou necessário a imposição de cotas por parte do governo às empresas para os contratar. Muitas empresas ainda não cumprem a lei de cotas, seja por desconhecimento, por estarem em processo de adaptação ou simplesmente pelos custos acarretados. Hoje, há deficientes físicos atuando na atividade política, nas empresas, nas faculdades, eles saem mais, o uso de novas tecnologias, do computador e da internet tem facilitado suas vidas, já existem legislações e cartilhas sobre essa população e foram criadas secretarias de governo especializadas. Eles conquistam seu espaço, participam ativamente da sociedade e enfrentam as dificuldades de frente. Muitas barreiras foram superadas pelos deficientes físicos, há muitas outras que precisam ser superadas, mas para isso é necessário muita luta na busca de seus direitos e pela sua inclusão social.
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