A política externa do governo Lula se tornou um grande fiasco neste seu último ano de mandato. Nos anos anteriores havia uma ligeira simpatia de Lula para com a Venezuela e seus aliados, o continente africano e as potências emergentes como a China foram escolhidos como aliados de política externa e apesar destes dois fatores, foi mantida uma relação cordial com os Estados Unidos e as grandes potências. No último ano, no entanto, houve enormes erros e equívocos que tornaram a política externa de Lula bizarra e que suscitam dúvidas e incertezas no assunto caso Dilma Roussef seja eleita a nova presidente da República. As declarações recentes de Lula comparando os presos políticos de Cuba a bandidos comuns, a intervenção de Lula na busca de um acordo nuclear fajuto com o Irã, o apoio muitas vezes isolados do Brasil dado ao Irã, a Coréia do Norte, ao Zimbábue e a Venezuela, a miopia do governo brasileiro em relação as FARC durante as tensões entre Colômbia e Venezuela, a abstenção beirando quase a apoio as eleições fraudulentas e violentas do Irã que reelegeu Mahmoud Ahmajinejad, o silencio inicial relacionado ao golpe de Honduras e em seguida o abrigo dado a Manuel Zelaya na embaixada brasileira em meio ao desenrolar da crise política hondurenha, a postura de condenação de Israel apenas durante conflito com Hamas na Faixa de Gaza e a aliança de Lula com Chávez, Morales e Ahmajinejad são exemplos destes equívocos. Diante deste quadro, no que pode se transformar a política externa brasileira num eventual governo Dilma Roussef? Seria um prato cheio para os setores mais radicais do Partido dos Trabalhadores interferirem na política externa brasileira e transformá-la numa coisa bizarra.
Andre, parabéns! Ótimo texto, um excelente resumo da política externa Lula e muito pertinente a sua crítica. Totalmente apoiado!
ResponderExcluir