segunda-feira, 7 de março de 2011

Opinião Política - O Caso da Líbia

A Líbia e seu presidente Muamar Kadafi têm sido destaque nestes dias no noticiário internacional. Trata-se de um processo marcado por intensos protestos pedindo democracia que se abateu sobre todo o Mundo Árabe. Processo esse que atingiu o Egito, a Tunísia, a Líbia, o Bahrein, o Iêmen, a Arábia Saudita, Omã, Irã, Síria, Jordânia, Marrocos, Mauritânia e Argélia e que já derrubou o presidente egípcio Hosni Mubaraki e o presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali. São protestos contra a tirania, a permanência por décadas de seus lideres no poder, a corrupção, a pobreza, a miséria e os problemas sociais de sua população e que tem feito o preço internacional do barril de petróleo ir às alturas, gerando preocupações em todo o planeta. Aproveito essa situação para falar neste blog um pouco sobre a Líbia e seu presidente Muamar Kadafi, que tomou o poder por meio de um golpe de estado. Como se sabe, Muamar Kadafi há 40 anos no poder sempre foi um ditador sanguinário que persegue seus opositores. No entanto, Muamar Kadafi adotou diferentes posturas em relação aos Estados Unidos, a Europa, o Ocidente e a comunidade internacional. Muamar Kadafi sempre foi acusado de ligação com o terrorismo, principalmente após um atentado a bomba a uma discoteca em Berlim quando morreram dois cidadãos norte-americanos e após ter sido comprovada a sua participação no final da década de 1980 nos atentados contra um avião da UTA e um avião da PanAm em Lockerbie. Depois desses episódios, a Líbia sofreu bombardeios norte-americanos e embargo econômico promovidos pelos Estados Unidos e a ONU. A partir da década de 2000, Muamar Kadafi aceitou pagar indenização as famílias vitimas do atentado de Lockerbie, decidiu suspender seu programa nuclear e a busca por armas de destruição em massa e entrou na Guerra ao Terror, recebendo o apoio e investimentos do Ocidente e dos Estados Unidos. Diante da crise que se abateu no mundo árabe pedindo democracia e que já derrubou os presidentes da Tunísia e do Egito e da carnificina que Muamar Kadafi promove na Líbia, sua sustentação e defesa de seu governo pelo Ocidente se tornaram insustentáveis.


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