terça-feira, 24 de maio de 2011

Futebol e Relações Internacionais - Futebol da Paz

O futebol tem sido também nas Relações Internacionais um instrumento para unir povos. A globalização tem permitido a realização de torneios multinacionais continentais entre times de diferentes países, formando uma espécie de confederação. Assim, no campeonato europeu vemos partidas entre o Manchester United da Inglaterra e o Milan da Itália, o Bayern de Munique da Alemanha e o Porto de Portugal e o Real Madrid da Espanha e o Lyon da França. A troca entre jogadores de diferentes nacionalidades em diferentes países fez nascer um verdadeiro mercado internacional, uma Torre de Babel, não havendo mais grandes diferenciações e choques culturais entre as nações. A Copa do Mundo se tornou um grande evento de confraternização entre os povos do mundo, juntando em um mesmo campeonato delegações de diferentes países. Confraternização essa que tem permitido a união de povos inimigos, como ficou evidente quando as seleções de Estados Unidos e Irã tiraram foto juntos e nos diferentes encontro nos Jogos Olímpicos entre as delegações da Coréia do Norte e da Coréia do Sul. Em todos os cantos do mundo o termo Ronaldo é usado para o reconhecimento do Brasil e dos brasileiros e também para a pacificação de conflitos entre os povos e para a promoção de desenvolvimento de países destruídos pela guerra. Vale lembrar a partida de futebol promovida pela Organização das Nações Unidas para a reconstrução do Haiti e que contou com a presença de Ronaldo e dos jogadores da seleção brasileira. Isso tudo sem contar com a inclusão social e o desenvolvimento de pessoas carentes que o futebol promove nos quatro cantos do mundo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Futebol e Relações Internacionais - Tirania no Futebol

O futebol é uma das áreas em que um regime opressor mais revela o seu caráter autoritário. Não só no futebol, mas no esporte como um todo. É comum haver forte cobrança dos atletas para que obtenham vitórias no esporte por parte do regime político como forma de exaltar as glórias nacionais. A cobrança é enorme, podendo haver castigos, punições e até fuzilamento de atletas em caso de derrota. Assim, o Iraque sob o regime de Saddam Hussein exigia vitórias de seus atletas e punia-os severamente em caso de perda e de humilhações. Em alguns países o futebol e o esporte sofrem censuras constantes do governo, que busca exibir as vitórias dos atletas e esconder as derrotas. Fato exemplar consistiu na tentativa frustrada de o governo da Coréia do Norte, durante a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, de permitir a exibição em cadeia nacional de uma partida do campeonato, achando que seria uma partida normal, mas que acabou na goleada da seleção norte-coreano de futebol por 7 a 0. Esse rigor todo se estende ao treinamento dos atletas e a forte disciplina envolvida. O mundo todo conhece muito bem o desempenho durante os Jogos Olímpicos das delegações de atletas dos países socialistas e seus herdeiros como Cuba, Iugoslávia, Polônia, Alemanha Oriental, Vietnã, Coréia do Norte, China e Rússia. Rigor e falta de liberdade que o mundo todo viu durante os Jogos Pan Americanos de 2007 no Rio de Janeiro, quando da fuga de atletas cubanos. O futebol e o esporte também servem como instrumentos políticos. Muitos regimes se utilizam do futebol e do esporte como meios de controlar as massas e a população, fazendo com que elas esqueçam os seus problemas, como ficou evidente no Brasil durante o governo Médici e a conquista do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970 no México. Gesto político ficou explícito no seqüestro de atletas israelenses pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro durante os Jogos Olímpicos de 1972 de Munique. Além disso tudo, o futebol e o esporte são influenciados pelas Relações Internacionais, uma vez que em certas ocasiões houve a recusa de algumas delegações de alguns países em participar de alguns torneios realizados em países tidos como inimigos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Opinião Política Especial - Obama Matou Osama



Na madrugada do dia 2 de maio fomos surpreendidos pelo pronunciamento na televisão no qual o presidente americano Barack Obama anunciava a morte do terrorista mais procurado do mundo Osama Bin Laden, tratava-se de uma data histórica e simbólica. Osama Bin Laden foi morto pelos soldados americanos em uma casa confortável na qual viveu por 6 anos, na cidade de Abbottabad no Paquistão, perto de um posto do exército paquistanês, ao contrário do que diziam estar escondido em um buraco nas montanhas do Afeganistão, gerando desconfianças de apoio do Paquistão. Foram dez anos de procura do maior terrorista do mundo desde os atentados as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York, o coração financeiro dos Estados Unidos, e que provocou as guerras no Afeganistão e Iraque. Em nome da Guerra ao Terror os Estados Unidos derrubaram os regimes do Talebã no Afeganistão e de Saddam Hussein no Iraque, cometeram abuso e tortura nas prisões de Guantánamo e Abu Ghraib, montaram prisões secretas e prenderam suspeitos de praticarem terrorismo de forma arbitrária em vários países em especial da Europa, endureceram drasticamente a sua política de segurança interna muitas vezes ferindo as liberdades individuais, se isolaram do planeta e algumas vezes violaram as leis do Direito Internacional e tentaram reafirmar sua hegemonia global. Isso tudo não evitou que a Al Qaeda cometesse o atentado de Bali na Indonésia em 2002, o atentado de 11 de março em Madri na Espanha, o atentado de Londres que entre suas conseqüências provocou a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, e os atentados no Marrocos e em outros países africanos contra alvos ocidentais. A essa lista somam-se o ataque as embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia, o ataque com gás ao World Trade Center e o ataque ao porta-aviões norte-americano USS COLE no Iêmen, que aconteceram antes de 11 de setembro de 2001. Como se sabe, quando da invasão da União Soviética no Afeganistão, os Estados Unidos treinaram Osama Bin Laden e seus seguidores contra as



tropas soviéticas, e eram aliados, havendo o rompimento dessa aliança e a conseqüente escolha pelo caminho do terrorismo por parte de Osama Bin Laden após o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Golfo e a presença de tropas norte-americanas na Arábia Saudita durante o conflito, gesto considerado uma traição por parte de Osama Bin Laden. A morte de Osama Bin Laden não representa o fim do terrorismo, mas, junto com a revolta nos países árabes, serve como símbolo para o fim de um período da história dos Estados Unidos que começou por volta dos anos 80 e que durou até nossos dias. Período que tem como pano de fundo o Mundo Árabe e uma política conflituosa por parte dos Estados Unidos para com essa região, e é marcado pela Revolução Iraniana, Guerra Irã Iraque, Guerra do Líbano, Intifada Palestina, Guerra do Golfo, Guerra do Afeganistão, Guerra no Iraque e conflito na Líbia e que tem um ponto final na Primavera Árabe e na morte de Osama Bin Laden. Um período marcada pelo surgimento do fundamentalismo islâmico, que a Primavera Árabe demonstrou que os países árabes não concordavam com essa ideologia e que tinha como um dos seus símbolos a figura de Osama Bin Laden. Fica uma dúvida no ar: qual será o futuro do mundo a partir de agora? Como se sabe ao longo da História, os Estados Unidos precisam e sempre precisaram de um inimigo comum, ou seja, são movidos por um inimigo comum. Antes eram os povos indígenas do Oeste, logo foi a Alemanha e o nazismo, depois foi a União Soviética e o socialismo, em seguida Osama Bin Laden e o fundamentalismo islâmico, e agora? Talvez agora seja a vez da China e de seu capitalismo de Estado, uma vez que Estados Unidos e China adotam modelos políticos e econômicos diferentes e rivais. Os Estados Unidos defendem a Democracia, o Mercado e o Liberalismo e a China defende o Totalitarismo, o Estado e o Socialismo. Osama já era. E agora José?