O futebol é uma das áreas em que um regime opressor mais revela o seu caráter autoritário. Não só no futebol, mas no esporte como um todo. É comum haver forte cobrança dos atletas para que obtenham vitórias no esporte por parte do regime político como forma de exaltar as glórias nacionais. A cobrança é enorme, podendo haver castigos, punições e até fuzilamento de atletas em caso de derrota. Assim, o Iraque sob o regime de Saddam Hussein exigia vitórias de seus atletas e punia-os severamente em caso de perda e de humilhações. Em alguns países o futebol e o esporte sofrem censuras constantes do governo, que busca exibir as vitórias dos atletas e esconder as derrotas. Fato exemplar consistiu na tentativa frustrada de o governo da Coréia do Norte, durante a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, de permitir a exibição em cadeia nacional de uma partida do campeonato, achando que seria uma partida normal, mas que acabou na goleada da seleção norte-coreano de futebol por 7 a 0. Esse rigor todo se estende ao treinamento dos atletas e a forte disciplina envolvida. O mundo todo conhece muito bem o desempenho durante os Jogos Olímpicos das delegações de atletas dos países socialistas e seus herdeiros como Cuba, Iugoslávia, Polônia, Alemanha Oriental, Vietnã, Coréia do Norte, China e Rússia. Rigor e falta de liberdade que o mundo todo viu durante os Jogos Pan Americanos de 2007 no Rio de Janeiro, quando da fuga de atletas cubanos. O futebol e o esporte também servem como instrumentos políticos. Muitos regimes se utilizam do futebol e do esporte como meios de controlar as massas e a população, fazendo com que elas esqueçam os seus problemas, como ficou evidente no Brasil durante o governo Médici e a conquista do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970 no México. Gesto político ficou explícito no seqüestro de atletas israelenses pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro durante os Jogos Olímpicos de 1972 de Munique. Além disso tudo, o futebol e o esporte são influenciados pelas Relações Internacionais, uma vez que em certas ocasiões houve a recusa de algumas delegações de alguns países em participar de alguns torneios realizados em países tidos como inimigos.
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