A Europa tem vivido dias turbulentos recentemente que culminaram nas quedas e derrotas dos governos da Itália, a terceira maior economia da União Européia, da Grécia e da Espanha. Na Itália, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi renunciou ao governo e em seu lugar foi nomeado o técnico Mario Monti. Na Grécia, o primeiro-ministro George Papandreou renunciou ao governo e em seu lugar foi nomeado Lucas Papademos. Na Espanha, em suas eleições parlamentares, o partido governista PSOE de esquerda com Alfredo Rubalcaba foi derrotado pelo partido oposicionista PP de direita com Mariano Rajoy. Todos eles anunciaram logo no início que vão tomar medidas impopulares, duras e rigorosas para combater o déficit fiscal, com medidas de austeridade fiscal, como o congelamento dos salários, reajustes na idade de aposentadoria, corte do funcionalismo, privatizações, corte de gastos. A crise ameaça afetar a França, a Alemanha e a Holanda e, além disso, surgiram rumores de que algumas agências de classificação de risco estudam a possibilidade de rebaixar as notas de 16 países da União Européia, agravando mais ainda a crise. Com o temor de que a União Européia entre em declínio, os governos europeus decidiram criar um acordo europeu que prevê maior controle sobre as contas públicas e punição automática para quem não controlar o déficit e a dívida. No entanto, o acordo foi rejeitado pelo Reino Unido, integrante da União Européia, mas que não adota o euro como moeda, assim como a Suécia e a Dinamarca, tendo a libra esterlina como moeda nacional, pondo mais incertezas no cenário europeu.
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