O Partido Verde hoje em dia representa o voto daqueles que não tem opção política, mas acreditam e sonham em qualificar e melhorar a política. Faz-se o seguinte pensamento: nas eleições, eu não tenho candidato para votar e para não perder meu voto, não desperdiçar o meu voto, não votar em um político corrupto, não votar em branco e não anular meu voto, voto no Partido Verde, porque pelo menos eles defendem o meio ambiente, eles fazem alguma coisa. Nas últimas eleições, Marina Silva concorreu a Presidência da República pelo Partido Verde, recebendo 19,33% dos votos com 19.636.359 votos, ficando em terceiro lugar e forçando o segundo turno, fato mais marcante do partido. No entanto, Marina Silva abandonou o Partido Verde e decidiu fundar um movimento independente em favor do meio ambiente, sem definir o que se trata, deixando seu eleitor desorientado, sem saber o que fazer. Hoje, na prática, o Partido Verde é um partido sem ideologia definida, se é de esquerda, direita ou centro, apenas diz defender o meio ambiente, e meio fisiológico, uma vez que apóia o governo de qualquer outro partido político, sem distinção, não faz nenhuma oposição aos governos e só busca manter certos cargos. Apóia o PT, PSDB e PMDB, sem se importar com orientações políticas e ideológicas. O Partido Verde tenta nos passar a imagem de um partido que defende o meio ambiente de forma pragmática na maior medida, mas com uma pequena parcela radical, e o desenvolvimento sustentável, advindo dos setores ligados aos seringueiros e movimentos sociais, que já atuou na guerrilha durante a ditadura militar, que na época simplesmente ignorava a questão ambiental, com discurso moderado de esquerda, sem populismo e demagogia, defensor da ética e limpeza na política e que tem como figura principal Fernando Gabeira, conhecido por brigar feio no Congresso com Severino Cavalcantti e pelos seus primeiros discursos em prol do meio ambiente no Brasil, que eram ridicularizados pela sociedade. O Partido Verde tenta ser uma terceira via política para aqueles que já estão cansados da eterna e pesada briga de cachorro grande entre PT e PSDB e do fisiologismo, da politicagem e da política suja do PMDB, ou seja, da Política de gente grande. O Partido Verde, no entanto, na sua tentativa de ser essa terceira via política, adota uma posição neutra nas eleições, não apoiando nem PT, nem PSDB, no segundo turno, decisão que no fim acaba favorecendo o PT do governo Dilma Rousseff e de Lula. O Partido Verde é uma força política importante, um pólo de poder, assim como o PT, o PSDB, o PMDB e o PSOL, mas está sem rumo e sem liderança, necessitando com urgência se renovar, para defender o meio ambiente e para qualificar o debate político no Brasil.
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