O governo de Cristina Kirchner
decidiu nacionalizar a YPF controlada pela companhia petrolífera espanhola Repsol, gesto que assustou
os mercados internacionais e provocou atritos com o governo espanhol, do
primeiro-ministro Mariano Rajoy. Diante da notícia houve protestos do governo
do México contra a medida e os Estados Unidos decidiram dar apoio ao governo
espanhol. Com esse gesto, Cristina Kirchner reforça o seu kirchnerismo,
iniciado com seu ex-marido e ex-presidente falecido Nestor Kirchner, e segue as
mesmas linhas adotadas por governos alinhados ao venezuelano e populista Hugo
Chávez. E como sempre, o governo da presidente Dilma Rousseff adotou uma
postura amigável com a Argentina, inclusive com conversas sobre um possível plano
de investimento da Petrobrás no país, em pleno momento de perda de
credibilidade do país no mercado internacional, repetindo gestos adotados pelo
Brasil nos episódios das greves do setor petroleiro na Venezuela contra o
presidente Hugo Chávez, da nacionalização do gás na Bolívia, do aumento da
energia de Itaipu concedido ao Paraguai, que podem lesar o contribuinte
brasileiro e que seguem na contramão da comunidade internacional. Quem sai no
maior prejuízo nesta questão é a própria Argentina, uma vez que o país depende
da tecnologia e de investimentos internacionais no setor, que somente as
companhias internacionais detêm. O governo espanhol e a União Européia
anunciaram que vão retaliar o gesto argentino, o que pode ter reflexos no
Mercosul e no Brasil, pois ambos tem relações com a Argentina. A Argentina
recentemente deu calote de sua dívida com credores internacionais, vem
manipulando os dados sobre seus índices de inflação, nacionalizou outras
companhias internacionais, como a Aerolíneas, persegue a imprensa, como o grupo
Clarín, vem enfrentando o governo do Reino Unido com seus discursos
reivindicando o controle das ilhas Malvinas e tem se aproximado do venezuelano
Hugo Chávez e seus aliados. O governo de Cristina Kirchner tem adotado um
estilo populista, desafiado a comunidade internacional, o que representa uma
ameaça e um risco para Argentina, Brasil, Mercosul e América Latina e um
obstáculo para a sua maior inserção no sistema internacional. E como sempre o
governo do PT continua passando a mão na cabeça de Hugo Chávez e de seus
companheiros.
CFK = Cristina Fernández de Kirchner
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