Nas diversas crises políticas que se vê nos dias recentes no cenário internacional, constata-se os seguintes fenômenos: a ineficiência e a incapacidade das organizações internacionais de resolve-las e principalmente uma tendência das mesmas de serem coniventes e fecharem os olhos para com Estados violadores das leis internacionais, totalitários e apoiadores do terrorismo. No fim, todas as medidas adotadas pelas organizações internacionais acabam por beneficiar os Estados ou grupos promotores do totalitarismo e do terrorismo em detrimento dos Estados democráticos. Esse fato é explicado pelos princípios gerais que norteiam essas organizações internacionais, principalmente pelo fato de elas adotarem a tese de que elas devem focalizar o sistema internacional de Estados, o entendimento e o diálogo entre Estados, mas não as fontes que de fato tem gerado o desentendimento entre Estados. O mais importante para as organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos, a Liga Árabe e a União Africana é manter o diálogo, o bom entendimento e as relações diplomáticas entre dois Estados em litígio, mas não resolver efetivamente o litígio e suas origens. A seguir serão apresentados alguns exemplos que ilustram claramente a conivência das organizações internacionais para com o totalitarismo e o terrorismo. Na crise entre Colômbia e Venezuela, o governo colombiano acusa e apresenta dados que provam que a Venezuela abriga, apóia e sustenta as FARC. Diante do impasse, a OEA intervém no conflito e após promover o dialogo, o bom entendimento e o restabelecimento das relações diplomáticas entre eles se dão por satisfeitas, esquecendo que é a Venezuela que é a origem do conflito ao dar suporte as FARC e que a Colômbia se desentendeu com o vizinho por se sentir ameaçada e por legitima defesa, fazendo com que a crise se repita no futuro. Na crise entre Israel e Líbano e na crise da Faixa de Gaza, a ONU interviu para se acabar com a violência na região e se deu por satisfeita, esquecendo-se que a violência é provocada pelo Hamas e Hesbolah, que com seus ataques obrigam Israel a se desentender e a usar a violência como legitima defesa. Na crise do Irã, a ONU busca apenas o fim das tensões e das hostilidades entre EUA e Irã, mas não o desarmamento nuclear do Irã e o fim do apoio iraniano ao terrorismo, medidas que de fato poriam fim as hostilidades e que são as causas das tensões. Assim, diante desta falha das organizações internacionais só resta aos Estados democráticos agirem por conta própria e ignorá-las para se defender.
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