quarta-feira, 2 de maio de 2012

Opinião Política - Putin, o Novo Czar





Dia 7 de maio, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin toma posse como presidente da Rússia. A data marca o retorno de Vladimir Putin ao poder, depois do governo de seu aliado fiel Dmitri Medvedev, que o havia nomeado primeiro-ministro, tal a influência de Putin em seu governo. O governo Putin foi marcado pelo forte autoritarismo, típico de qualquer governante da Rússia. Vale lembrar que a Rússia foi governada pelos czares, por Stalin, pelos comunistas, por Boris Ieltsin, que não foi tão democrático pelos padrões ocidentais, e por fim por Vladimir Putin. Como de costume, no governo Putin houve repressão a protestos, prisões arbitrárias, perseguições políticas, censura da imprensa, assassinato de jornalistas, violações aos direitos humanos e cerco aos seus desafetos. Se não fosse a legislação russa, Vladimir Putin teria permanecido no poder até hoje, sem ter tido o governo marionete de Dmitri Medvedev. Vladimir Putin assumiu o governo em 1999 e deixou o poder em 2008 e buscou alterar a legislação para concentrar poderes em suas mãos. A cultura russa ao longo de toda a sua história nunca conviveu bem com os valores democráticos, desde Catarina II e demais czares até os dias de hoje. Na política externa, Vladimir Putin buscou recuperar e reforçar o papel de grande potência da Rússia no cenário internacional, objetivo idêntico ao dos czares, de Stalin e dos comunistas. No passado, o Império Russo era extenso e era poderoso, no entanto, vivia a margem das decisões mundiais tomadas na Europa, pois era uma potência menor se comparada com as potências ocidentais, mas tinha participação na definição dos rumos do planeta. No período de Stalin, enquanto o mundo agonizava com a crise econômica mundial, a então União Soviética ficou ilesa da crise, passando por um crescimento espetacular de sua economia. Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética, ao lado dos Estados Unidos, emergiu como uma das superpotências, buscando exercer influência sobre metade do planeta e contrabalancear os Estados Unidos, na chamada Guerra Fria. Com o colapso e a desintegração da União Soviética, a Rússia assume um papel de reboque no cenário internacional, situação que se alterou com Vladimir Putin, que tentou recuperar o papel de destaque da Rússia no planeta. Assim, a Rússia reforçou no plano interno seu autoritarismo e no plano externo seu papel de grande potência, com Putin, o novo czar.



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